sábado, 29 de junho de 2013

PERGUNTAS

Por que não fazer um plebiscito para que o povo decida se quer ou não manter o cargo da presidente e dos governadores?

Por que não temos pesquisa de opinião sobre os governadores após as manifestações?

Por que o povo não pressiona também as assembleias legislativas e as câmaras dos vereadores? (Não é só o Congresso Nacional onde mais se rouba, pouco visados os legislativos locais fazem o que querem sem o povo saber)

Por que Lula não se pronunciou após as manifestações?

Por que a oposição é tão fraca no Brasil?

Por que os condenados do mensalão ainda não foram presos?

Após de todos os protestos, como pode Renan Calheiros se manter presidente do Senado?

ATRIBUIÇOES PRESIDENCIAS

 Essas são as atribuições de um presidente da República. Será q estão sendo cumpridas?

 

Atribuições

04/07/2011 às 17h15
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período.
Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. Cabe ao Poder Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da República também pode iniciar esse processo. Em caso de relevância e urgência, adota medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias e leis delegadas.
O Presidente da República também tem o direito de rejeitar ou sancionar matérias e ainda, decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Compete ao cargo a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outra mais branda.
Para concorrer ao cargo, o candidato ou candidata deve cumprir alguns requisitos:
  • ser brasileiro nato.
  • ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito
  • ter o pleno exercício de seus direitos políticos
  • ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil
  • ser filiado a uma agremiação ou partido político
  • não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.
Em caso de viagem ou impossibilidade de exercer o cargo, o primeiro na linha sucessória a ocupar o cargo de Presidente é o seu vice. Em seguida vêm o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: site do Palácio do Planalto

quarta-feira, 26 de junho de 2013

JAZZ PARA AMENIZAR

Louis Armstrong - Basin Street Blues - 1964

O comissariado quer tungar o ronco

Vale a pena ler este ótimo artigo de Elio Gaspari
 
http://oglobo.globo.com/opiniao/o-comissariado-quer-tungar-ronco-8810124

a mesma pergunta

Aonde está o Lula nessas horas? Ele não era o cara do povo?

Como mudar desse jeito?

Como vamos conseguir mudar este país com políticos como Renan Calheiros, José Sarney, Paulo Maluf, Anthony Garotinho, Jader Barbalho e muitos outros....
A solução está nas urnas no ano que vem.

PRESSÃO

As últimas medidas do governo federal mostram o que ele está fragilizado e sem rumo. Realmente os poderes Executivo e Legislativo só agem sob pressão. O povo continuam nas ruas.

Recuo de Dilma é sinal alarmante de que o governo está perdido

Blog de Ricardo Setti
Não tenham dúvidas, amigas e amigos do blog: é alarmante constatar que o governo da presidente Dilma, neste momento crucial da vida brasileira, com milhões de cidadãos protestando nas ruas, está perdido, está no mato sem cachorro.
Nenhum chefe de Estado que se preze faz uma solene proposta em rede nacional de TV — no caso, a de uma constituinte para realizar uma reforma política, a ser convocada por plebiscito, ideia esdrúxula sobre cuja forma de execução ninguém tinha a menor ideia e que foi duramente combatida por diversos setores — para, 24 horas depois, por vias indiretas e com seu governo mostrando visível desconforto, recuar e dizer que não é bem assim.
Segundo lembra o site de VEJA, “desde que foi alardeada pela presidente, pegando de surpresa governadores e prefeitos que aguardavam o início de uma reunião em Brasília, a ideia da Constituinte foi bombardeada por juristas, políticos da base parlamentar do governo e da oposição, e, reservadamente, considerada inviável por integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Pelo menos quatro magistrados do STF procuraram líderes do governo e da oposição para alertar sobre os riscos da proposta. Um dos ministros mais engajados enfatizou que o anúncio da chefe do Executivo era um ‘golpe contra a democracia’”.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça

Dilma, que obviamente não preparou devidamente, até por falta de tempo, a grande reunião com governadores e prefeitos, como acentuei em post anterior, no fim das contas fez os governadores e prefeitos de palhaços, por mais que, hoje, constrangidíssimo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha tentado justificar a proposta da presidente:
– A presidente da República falou em processo constituinte específico; ela não defendeu uma tese. Há várias maneiras de fazer um processo constituinte específico. Uma delas seria a convocação de uma Assembleia Constituinte, como muitos defendem. A outra forma seria, através de um plebiscito, colocar questões que balizassem o processo constituinte específico feito pelo Congresso. A presidente falou genericamente.


Fonte: blog do Noblat

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/26/recuo-de-dilma-sinal-alarmante-de-que-governo-esta-perdido-501253.asp

sábado, 22 de junho de 2013

SUMIDO

Ué, kd o Lula?

E as empresas de ônibus?

E as empresas de ônibus?

O Rio recuou nas tarifas de ônibus, e o prefeito Eduardo Paes foi logo dizendo que os recursos a serem usados para compensar o aumento não dado terão de sair do orçamento municipal, o que irá irá comprometer os investimentos públicos. No dia do anúncio, Paes calculou que o Rio gastaria R$ 200 milhões no primeiro ano e R$ 500 milhões no segundo com o subsídio. Na manhã seguinte, ele mesmo refez a conta para R$ 100 milhões e R$ 200 milhões.



Muita gente ficou sem entender as cifras tão diferentes, mas a razão do disparate nos cálculos é simples: as planilhas de custos das empresas de ônibus do Rio, base para o cálculo das tarifas, são uma caixa-preta. Ao contrário de São Paulo, onde receitas e despesas do setor são controladas pela prefeitura, no Rio é a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor) e a Rio Ônibus que repassam à prefeitura e aos clientes do vale-transporte os números do setor. Em SP, fala-se que as empresas têm um lucro de 7% do valor arrecadado com as tarifas. No Rio, ninguém tem ideia e ninguém dá a menor satisfação, apesar de o transporte de ônibus ser uma concessão pública.

Toda essa discussão ignora o óbvio: os serviços de ônibus no Rio são ruins e não parece haver uma pressão governamental sobre as empresas. Motoristas sobrecarregados por jornadas insanas de trabalho dirigem feito loucos assassinos. Os ônibus são incapazes de obedecer a horários e trafegam sempre lotados. Ônibus quebrados são coisa comum nas ruas da cidade. Os ônibus não param nos pontos ou param em qualquer lugar. Os veículos são multados, mas uma lei permite que a empresa não dê nome ao motorista infrator e pague uma multa para se livrar do pepino.

Eduardo Paes alega que o valor das tarifas é fixado em contrato com reajustes anuais (por uma equação trigonométrica de 12 variantes que é quase uma fórmula físico-química). Ok, mas isso não impede regulação e transparência, impede? Durante toda a crise das passagens, com o povo na rua pedindo a redução de preços, a Fetranspor ficou calada, como se o problema não lhe dissesse respeito. E como se fosse só um problema de valores, quando todo o serviço de ônibus é pavoroso no Rio.

Segundo o repórter Luiz Ernesto Magalhães, a Fetranspor contratou a agência Prole — que presta serviços para o governo do estado e para a prefeitura em publicidade e propaganda — como consultora de comunicação e imagem, fato confirmado pelo presidente da entidade, Lelis Marcus Teixeira. Como se o problema da entidade fosse de comunicação ou imagem. Não é. O problema da Fetranspor é o serviço ruim prestado pelas empresas que a compõem. Por que a Fetranspor não vem a público dizer como podem contribuir para melhorar o serviço?

O prefeito precisa de autorização da Câmara dos Vereadores para transferir subsídios para as empresas de ônibus. A julgar pelo apoio inconteste que recebe dos vereadores, não terá maiores problemas. Mas aí está um outro vício da política carioca que só prejudica os usuários de ônibus. Com exceção de uma meia dúzia de abnegados, os vereadores cariocas não fiscalizam o transporte público da cidade. Todas as tentativas de se enquadrar as empresas de ônibus são barradas ainda na Comissão Permanente de Transportes e Trânsito da Câmara, que abre espaço para a apresentação de emendas e tira os projetos, indefinidamente, da fila de votações. Recentemente, descobriu-se que as empresas de ônibus emprestam veículos para “ações sociais” de vereadores e estes não veem conflito algum nisso.

A Comissão de Transportes é composta hoje pelo vereador Sebastião Ferraz (PMDB, o presidente), Elton Babu (PT, o vice) e Marcelino D’Almeida (PSB, o vogal). O primeiro recebeu contribuições de empresas de transporte em sua malsucedida campanha para deputado estadual. É autor de uma inacreditável declaração na defesa dos motoristas de ônibus, comparados ao cidadão comum, que “bebe, fuma, cheira, bate na mulher e tem três mulheres”. Os dois últimos são lideranças da Zona Oeste, um pedaço do Rio de indicadores sociais vergonhosos e em permanente conflito de segurança com milícias.
Na véspera do quebra-quebra na Presidente Vargas e com 300 mil cariocas na rua, a Câmara aprovou um importantíssimo projeto de lei, de autoria do vereador Dr. João Ricardo, que declara cidades irmãs o Rio e Kaohsiung, na Ilha de Taiwan. Depois, a sessão caiu por falta de quórum. De quórum. Não de vergonha.

texto do Jornalista Gilberto Scofield Jr - jornal O GLOBO

A PRESIDENTA NÃO FALA A VERDADE

Olhem este video! A reação popular começa.

Clique aqui!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

pensamento

Após assistir ao filme Encouraçado Potemkin percebi que das pequenas revoltas nascem as grandes revoluções. Após anos de opressão, o povo se rebela e age com vigor. O motim dentro do navio, quebrou uma hierarquia militar rígida. Os marinheiros cansados de humilhações, enfrentaram os oficiais superiores e tomaram a embarcação. Esse fato ganhou força e conquistou a população russa, contribuindo para os acontecimentos de 1917. É tudo muito bonito, mas pensando bem... O grande problema das revoluções são os revolucionários que assumem o poder. Normalmente, saem mais déspotas que os governantes anteriores e que tanto odiavam.

Outra coisa que notei nesses protestos é que alguns jovens só vão para aparecer e incitar os policiais. São presos e depois reclamam. A PM, pra variar, exagerou na força e agiu com truculência, porém seus homens não tem sangue de barata.

Manifestação sim, vandalismo não.

sábado, 15 de junho de 2013

Dilma é vaiada no Estádio Mané Garrincha lotado, no primeiro jogo da Copa das Confederações. Foi bonito. Lembra o Lula que foi hostilizado da mesma maneira por um Maracanã lotado na abertura do Pan 2007. O povo reage.

Começo a duvidar dessas pesquisas de opinião sobre a popularidade da presidenta.

Quem quiser relembrar a vaia ao Lula. Clique aqui

Dos 20 réis aos 20 centavos



 O povo contra os aumentos dos transportes públicos

As manifestações vistas nessas últimas semanas principalmente em São Paulo e no Rio contra o aumento das passagens de ônibus não vem de hoje. Os protestos contra reajustes do serviço de transporte público já aconteceram em outros tempos.

Um exemplo vem do tempo do Império. No dia 28 de dezembro de 1879, o povo foi as ruas.
O local foi o Rio de Janeiro.


O ministro da Fazenda, o Visconde de Rio Preto pretendia diminuir o déficit do orçamento do Império, para isso tomou uma atitude muito parecida com os governantes atuais. Aumentar impostos. Ele instituiu então o aumento de um vintém no serviço de bondes na cidade do Rio que ia começar a vigorar no dia primeiro de janeiro de 1880.

O vintém era uma moeda de cobre, a de menor valor.

A principal empresa do bondes, a Botanical Garden tentou evitar este aumento e procurou uma solução diferente, temendo uma reação ruim da população. O Parlamento rejeitou.

Ainda nos primeiros dias do mês de dezembro de 1879, durante a fase de discussão sobre o novo imposto pela coroa e no parlamento, surgiram críticas nos jornais sobre a cobrança do vintém, alegando que se tratava de um tributo que incidiria sobre cidadãos e súditos com rendimentos desiguais.


Os jornais governistas já falavam sobre a convocação de mobilizações de protesto e apelava para a manutenção da lei e da ordem. Assim como os dias atuais, lembrava que o governo havia tolerado sempre
a manifestação de “representações respeitosas” e, finalmente, pedia para que os descontentes, ao invés de protestar , direcionassem sua energia para a eleição de bons políticos que se ocupassem em defender os verdadeiros interesses da maioria da população.

Obviamente a população que andava de bonde puxado a burro odiou a medida e esses pedidos de nada adiataram.  Com os passar dos dias a revolta foi aumentando até que cerca de cinco mil pessoas, lideradas por um militante republicano, o médico e jornalista Lopes Trovão se dirigiu até o Campo de São Cristovão. Eles pretendiam entregar a d. Pedro II uma petição solicitando a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, ou seja, bondes puxados a burro.

A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Enquanto os manifestantes se retiravam, o imperador mandou dizer que receberia uma comissão para negociar.
Mas Lopes Trovão e outros militantes republicanos, entre eles José do Patrocínio, recusaram. Divulgaram um manifesto dirigido ao soberano, convocando-o a ir ao encontro do povo. Os jornais oposicionistas e panfletos distribuídos pela cidade passaram a pregar o boicote da taxa e a incitar a população a reagir com violência, arrancando os trilhos dos bondes. Outra manifestação foi convocada para o dia 1º de janeiro, data da entrada em vigor do reajuste, agora no centro da cidade, no Largo do Paço, hoje Praça 15 de Novembro.
As empresas de bonde pediam que seus condutores não insistissem na cobrança da nova passagem.

Lopes Trovão fez um novo discurso conclamando ao povo que resistisse ao aumento, a partir daí ele perdeu o controle sobre o movimento. Ele pediu calma a população mas nada adiantou. A massa se dirigiu ao Largo de São Francisco, ponto final de várias linhas de bonde. Uma nova concentração aconteceu na Rua Uruguaiana e do Largo de São Francisco. O delegado que comandava as tropas da polícia pediu reforços ao Exército, mas, antes que a ajuda chegasse, ordenou à polícia que dispersasse a multidão a cacetadas.

O povo gritava: “Fora o vintém!” “Fora o vintém!” Os manifestantes começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o Largo de S. Francisco. O povo, que já neste tempo detestava a polícia, aplaudiu a tropa. Mas alguns mais exaltados passaram a arrancar paralelepípedos e atirá-los contra os soldados. Um deles atingiu justo o comandante da tropa, que era primo de Deodoro da Fonseca. O oficial descontrolou-se e ordenou fogo contra a multidão.
Os bondes atravessados no chão tinham praticamente a mesma largura das ruas do centro da cidade e, cheios de paralelepípedos, formavam barricadas que fecharam, por exemplo, o quarteirão da rua Uruguaiana, entre a do Ouvidor e a Sete de Setembro. No decorrer do dia, os soldados da polícia entraram em conflito com vários focos de protesto, quase sempre atirando contra a multidão. Somente depois das 21 horas é que as ruas puderam ser percorridas sem que se assistisse a enfrentamentos.

A polícia recolheu três cadáveres de manifestantes. Os corpos estavam na rua Uruguaiana, e os identificou como sendo de um polaco, um francês e um pernambucano. Entre os feridos, a maioria por arma de fogo, havia brasileiros e imigrantes, sobretudo portugueses.


Mais tarde surgiram denúncias de parlamentares de que políciais tentaram sepultar clandestinamente os cadáveres recolhidos àquela noite para que povo não soubesse das mortes. Na madrugada de dois de janeiro foram arrancados os trilhos da rua Princesa dos Cajueiros e, mais tarde, cinco trilhos foram retirados da rua Uruguaiana.
As chaves dos bondes foram roubadas por manifestantes em São Cristóvão. Ocorreram enfrentamentos com a polícia na linha Sacco do Alferes, em Andaraí e na rua Mariz e Barros.

As estatísticas de mortos e feridos não são precisas. Falou-se em 15 a 20 feridos e em três a dez mortos. Salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o gabinete de Afonso Celso de Assis Figueiredo caiu a 28 de março. O novo ministério revogou o desastrado tributo. Bem no espírito carioca, o povo apelidou o antigo premier de Afonso Vintém.

Os acontecimentos chocaram o Imperador. Em cartas à amigos, o monarca afirmou que em 40 anos de reinado nunca tinha sido usada a força contra o povo da capital do Império. Não lhe escapou mesmo a conotação republicana dos incitadores do motim. Afirmou até que seria mais feliz como presidente de uma república.



Voltando aos dias de hoje, percebemos que há muitas semelhanças entre os manifestantes de 1879 com os de 2013. A Imprensa, os jornais, o povo, a polícia e o governo reagiram da mesmíssima maneira... tudo isso por conta de um aumento no transporte público. Para o governante que não precisa utilizá-lo o reajuste é pequeno e irrisório mas para aquele que realmente precisa, cada centavo a mais é cruel. Neste ano, particularmente no Rio de Janeiro, os incidentes e acidentes com ônibus vitimaram muitas pessoas em todas as regiões da cidade, dos bairros pobre aos ricos, culminando com o da Avenida Brasil em abril e mesmo assim o governo municipal manteve o reajuste, subindo de 2,75 para 2,95. Vinte centavos que multiplicados durante uma semana podem custar um saco de arroz ou de feijão.
Lembro que a partir desses distúrbios em 1880 o governo imperial começou a perder força até cair nove anos depois.

Baseados nos textos dos professores Ronaldo Pereira de Jesus e José Murilo de Carvalho


Segue video sobre as manifestações  http://videos.r7.com/manifestacao-transforma-centro-do-rio-em-praca-de-guerra/idmedia/51bb11010cf236eff5fe1e5e.html


domingo, 9 de junho de 2013

Mais Manuel Bandeira

Canção da parada do Lucas


Parada do Lucas
— O trem não parou.


Ah, se o trem parasse
Minha alma incendida
Pediria à Noite
Dois seios intactos.


Parada do Lucas
— O trem não parou.


Ah, se o trem parasse
Eu iria aos mangues
Dormir na escureza
Das águas defuntas.


Parada do Lucas
— O trem não parou.


Nada aconteceu
Senão a lembrança
Do crime espantoso
Que o tempo engoliu.

Andorinha


Andorinha lá fora está dizendo:
— "Passei o dia à toa, à toa!"


Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa . . .

Manuel Bandeira

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Não sei se alguém notou, mas no último comercial da Coca Cola tem uma mulher grávida bebendo o refrigerante. A imagem é rápida, mas não vejo como uma bebida adequada para gestantes.