quinta-feira, 5 de março de 2009

Senado Federal e Igreja Católica. A realidade vos espera

Quando você acha que nem tudo está perdido... Sempre tem algo mais!


Grávida aos 9 anos. Uma menina é abusada sexualmente por longos três anos. O autor das barbaridades: o padrasto, que acabou engravidando a criança. Ao ler esta notícia senti nojo, raiva e enorme dor.

Infelizmente, nada neste mundo vai curar a mente dessa menina. A vida dela está arruinada. Ela nunca vai se relacionar direito com ninguém, depois de tudo que passou. Culpa de uma mãe desatenta, um pai ausente e principalmente de um padrasto-monstro.


É óbvio que a pobre criança não pode ter este filho. Gravidez de risco e proveniente de um abuso. Um corpo ainda em formação. Isso sem falar do psicológico dela. Não tem porque esta criança de apenas 9 anos dar à luz a gêmeos. Ninguém em sã consciência deixaria esta gravidez ir até o fim. Basta usar a lógica e a razão.

Mas não, a Igreja Castólica, na imagem do arcebispo de Olinda e Recife José Cardoso Sobrinho, foi contra e quase entrou na Justiça para impedir o aborto legal.
A Igreja ainda fez pior, excomungou a mãe da criança e os médicos que realizaram o procedimento. É revoltante!


Na minha visão, é inadmissível resoluções da Igreja Católica sobre sexo, aborto e família. Pelo simples fato dos padres viverem em celibato e não possuirem uma família própria. Eles não têm autoridade nem direito para falar sobre tal assunto. Vide o passado da Igreja, uma instituição que penou nos últimos anos com a descoberta de um grande número de pedófilos em seus quadros.


Do papa até o simples padre, todos vivem fora da realidade presente.


Tão revoltante quanto a Igreja Católica é ver no Senado Federal a volta dos mortos-vivos. Fernando Collor, senador por Alagoas, foi eleito para presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado. Esta comissão é importantíssima para o acompanhamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mola mestra do Governo Lula e para candidatura de Dilma Roussef a presidência.


Quem diria, Fernando Collor, homem que derrotou Lula nas eleições de 1989, utilizando todos os tipos de táticas, hoje é da base aliada ao governo. Collor que sofreu um processo de impeachment, foi cassado e ainda está com vários processos de corrupção nas costas, é catapultado de volta aos holofotes graças às mãos dos honestíssimos colegas Renan Calheiros e José Sarney. Realmente a política é uma caixinha de surpresas... Ou seria o PMDB? Partido que não tem mãe, pois ela já foi vendida por um preço bem alto.


Melhor mesmo foi a reação do presidente. Lula não demostrou surpresa, achou normal.


Considerações finais

Nossa santa Igreja sabe o que faz. Assim como os nossos senadores. As escolhas estão certas... Como sempre! A história da Igreja e de nosso Senado prova que suas decisões seguem o mesmo paradigma. O que o povo pensa, isso pouco importa.

Um comentário:

MqM disse...

São dois assuntos parecidos com um denominador comum manifestado pelo Presidente: nenhum nos surpreende e os dois dão nojo. Embora essa última reação não ocorra com o Lula. Sobre o PMDB, o MqM já explicou: P-adres M-elando o D-esenvolvimento do B-rasil.