Aqui é muito louco, estranho, irrequieto, rebelde, bizarro, intelectual, esquisito e idealista.
domingo, 26 de julho de 2009
FELIPE MASSA
quarta-feira, 22 de julho de 2009
O dedo-duro e o louco
Assisti o filme Loki, sobre Arnaldo Baptista, nesta semana. Há cerca de um mês fui ao cinema ver Simonal, Ninguém sabe o duro que dei. Dois ótimos documentários. Fico feliz por ver a história da música brasileira sendo relembrada. As homenagens foram merecidas, principalmente em vida, no caso de Baptista, já o do Simonal veio bem tarde.
Uma coisa achei interessante, foi a vida profissional dos dois. Eles têm vários pontos em comum, apesar das origens e dos estilos musicais serem bem diferentes.
Dois grandes músicos que revolucionaram a MPB. Simonal com o samba da pilantragem cheio de swing e o Arnaldo Baptista com o psicodelismo e as guitarras elétricas.
Ambos conquistaram a fama em meados dos anos 60. Wilson Simonal chegou a estratosfera da popularidade, comparável apenas à Roberto Carlos. Já Arnaldo Baptista ficou conhecido por ser o líder da banda mais criativa e moderna do Brasil, os Mutantes.
É bom relembrar que a década de 60 foi uma explosão. Rebeldia juvenil, enorme criatividade artística, guerras, comunismo X capitalismo, novas formas de se observar o mundo e a família e muitas outras coisas. O Brasil sofria com os movimentos externos e ainda passava por uma ditadura militar. Os generais mandavam em tudo, os brasileiros deveriam seguir as regras como uma disciplinada tropa. A liberdade era uma palavra distante.
Baptista e Simonal se saíram bem, saíram enriquecidos materialmente e musicalmente. Foi o melhor período dos dois, porém os anos 70 não os perdoaram. E o ano de 1972 foi crucial. Neste ano, Simonal manda espancar seu contador, sob a acusação de roubo. Prepotente, achava que sua popularidade seria seu salvo conduto pelo crime que cometeu. Mas, como era um sujeito próximo dos milicos, logo logo alguns jornais começariam a chama-lo de delator, ou seja ele seria uma informante do Dops, órgão que caçava e torturava muitos dos que eram contra o regime. O estigma de dedo-duro foi tão pesado que nunca mais conseguiria eliminar.
No mesmo ano, Arnaldo Baptista sofre com a saída de Rita Lee da banda e da sua vida, como esposa. Os Mutantes, se arrastariam por mais 4 anos até o seu fim. Arnaldo Baptista demorou muito tempo para esquecer a ex-mulher.
Seu comportamento fora dos padrões e muitas vezes bipolar, o fizeram se afastar das pessoas e logo foi tachado de louco. Estigma que carregou durante décadas e que ainda não conseguiu retirar por completo. É bom lembrar que Baptista foi internado em clínicas psiquiátricas umas 4 vezes.
Um pouco de música, além ds drogas e bebidas foram a válvula de escape do sofrimento atroz. Eles sentiram na pele o pior para um artista: o ostracismo.
As décadas de 70 e 80 e 90 se arrastam. Pareciam intermináveis. Wilson Simonal acabaria sumido da mídia, como se virasse fumaça. Penso que se ele tivesse morrido em 1972, seria hoje muito mais lembrado. O peso da palavra dedo-duro foi marcante, uma tatuagem que ele tentou apagar, mas todos só reparavam nela. Morreu esquecido, fazendo shows em locais mal freqüentados, decadentes e para públicos pequenos.
Arnaldo Baptista formou outras bandas que não deram muito certo. Também fez shows em locais mal freqüentados e decadentes e para públicos pequenos. Porém ele conseguiu se sobressair. Graças a musicos estrangeiros. Foram os gringos que lembraram que os Mutantes era geniais, fato que nós brasileiros já tinhamos esquecido a muito tempo. Ele voltou com tudo fazendo shows e lançando discos de inéditas, continua em plena forma. Bom para ele e para todos nós.
Encerro pensando que ambos sofreram com polêmicas, fortes críticas e sobretudo o preconceito. Mas a vida, já diria os mais velhos, dá voltas e hoje eles são revistados pelos jovens. Os holofotes voltam a ser ligados e suas sombras projetadas na música contemporânea. Fama, admiração, dinheiro e novas polêmicas ressurgem. Arnaldo Baptista e Wilson Simonal são as duas fênix da vez....Quem ganha é o público e a MPB. Quem será o próximo?
sábado, 11 de julho de 2009
Palpite para o GP da Alemanha
1- Barrichello
2 - Webber
3 - Vettel
4 - Button
5 - Massa
6 - Raikkonen
7 - Hamilton
8 - Piquet
quarta-feira, 8 de julho de 2009
EU ODEIO O MICHAEL JACKSON
É brincadeira. O título foi escolhido apenas para chocar. Eu adoro o Michael Jackson, um dos maiores artistas do século 20. Um cara que popularizou a dança e que cantava maravilhosamente bem. Quem nunca tentou imitar seus passos ouvindo as suas músicas??? Um sujeito que teve todo o sucesso do mundo e que a deixou escapar, culpa de suas extravagâncias que deixaram marcas em sua vida, principalmente em seu rosto.
O grande problema é que o homem morreu. Uma morte inesperada e prematura. Quando isso acontece, toda a mídia mundial dá a noticia ao mesmo tempo. Uma inundação de MJ em todos os sites, TVs, jornais, revistas e rádios.... fotos, vídeos, textos...lembranças da infância pobre, os Jackson Five, as cirurgias plásticas, vitiligo, pedofilia, clips, uma metamorfose ambulante. É algo insuportável, quase um estupro. A todo momento alguma notícia sobre morte do astro aparece nos online e TVs. Esse exagero na morbidez causa em mim uma enorme repulsa. Uma autopsia midiática. Por isso eu grito NÃO AGUENTO MAIS VER, OUVIR E LER SOBRE A VIDA E A MORTE DE MICHAEL JACKSON.
Para piorar tudo, o cara ainda foi morrer em circunstâncias misteriosas, alias como praticamente tudo em sua vida.
Me lembro quando Ayrton Senna, os Mamonas Assassinas e a Lady Dy se foram. Ambas da mesma maneira: inesperada e prematura. A imprensa mundial nos abasteceu de todo o tipo de informação sobre eles até a gente se encher. Eu me enchi. No caso de Senna, a TV Globo fez tantos especiais em sua homenagem que hoje prefiro nosso outro tricampeão, Nelson Piquet.
Bem, ando tão influenciado pela mídia que por este motivo eu também escrevo sobre Michale Jackson. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Espero pelo menos que ele vá em paz.
Até a próxima midiatica morte!