terça-feira, 16 de julho de 2013

Quinta - feira 22h. Acordei assustado. Uma sonora e enorme gritaria vinha da rua Marquês de Abrantes, no Flamengo. A gritaria foi num crescendo impressionante. Levantei da cama e fiquei na portaria do meu prédio para ver o que estava acontecendo. Curiosidade mata.

Não sabia que momentos antes, a PM e manifestantes entraram em confronto. Exatamente na porta do Palácio Guanabara. Como sutileza não é uma das características dos policiais... veio a reação popular.

A gritaria que só aumentava de volume era na verdade, vaia seguida de xingamentos a Polícia Militar.

Para que retornassem a Senador Vergueiro, a tropa entrou na Marquês de Paraná. Eram várias viaturas do Batalhão de Choque e um blindado q lança jatos d'água. No alto deste veículo um PM todo de preto. Era ele quem direcionava os jatos. O homem permanecia de pé, parecia o Mussolini seguindo para Roma, antes do golpe de 1922. A identificação visual da tropa era aquele elmo medieval com um círculo em volta, o símbolo do Choque. As vaias só aumentavam, estilo q a presidenta recebeu em Brasília. No Flamengo, não mora Joseph Blatter, por isso ninguém pediu fair play e respecto.

Uuuuuuuuuuuuuuuuuuhhhh PM fdp!!!!!! Fora!!!! Não queremos vcs aqui!!!!! Cambada de fdp!!!!

Os xingamentos também se estendiam ao sobrenome do descobridor do Brasil.
A única que gostou da presença desses estranhos era uma velhinha no prédio em frente ao meu. Ela estava de camisola branca e batia palmas lentamente. Talvez saudosa dos tempos da Redentora. Um pensamento deve ter passado por sua mente quando viu os militares.

- Na minha época, não tinha essa baderna toda.

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