terça-feira, 23 de abril de 2013

Viajando na maionese



O editor entra no tráfego de fitas e não vê ninguém para o atendimento. Ele então começa a bater na mesa e fala em voz alta.

- Bom dia!

Ninguém responde.

- Bom dia, preciso pegar uma fita!



Uma espécie de gemido sai da sala ao lado que está fechada. O editor insiste.

- Meu amigo, preciso pegar uma fita agora!

Daí sai uma voz misteriosa e uma resposta mais doida possível, que surpreenderia até Salvador Dali.

- Não, aqui não tem maionese não.

- Oi? Que maionese, meu amigo? Eu quero pegar uma fita beta!

(Um leve gemido) – Nããããão, já acabou a maionese.

Sem entender patavinas, o editor sai atordoado da sala e encontra uma colega no corredor.

- Cara, você não sabe o que aconteceu agora. O mundo é muito louco, muito louco.

- O que foi? Fala aí! Qual é o problema?

-Pô, pedi uma fita beta e o cara disse que a maionese acabou. O mundo ta doido, volto outra hora.

- Mas hein? Como assim, cara?

- To te falando que o mundo ta doido.

O colega então entra no tráfico de fitas, chama pelo atendente que finalmente surge com aquela cara de sono maldormido e de ter se lambuzado todo com a maionese imaginária.   

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