O editor entra no tráfego de fitas e não vê ninguém para o
atendimento. Ele então começa a bater na mesa e fala em voz alta.
- Bom dia!
Ninguém responde.
- Bom dia, preciso pegar uma fita!
- Meu amigo, preciso pegar uma fita agora!
Daí sai uma voz misteriosa e uma resposta mais doida possível,
que surpreenderia até Salvador Dali.
- Não, aqui não tem maionese não.
- Oi? Que maionese, meu amigo? Eu quero pegar uma fita beta!
(Um leve gemido) – Nããããão, já acabou a maionese.
Sem entender patavinas, o editor sai atordoado da sala e
encontra uma colega no corredor.
- Cara, você não sabe o que aconteceu agora. O mundo é muito
louco, muito louco.
- O que foi? Fala aí! Qual é o problema?
-Pô, pedi uma fita beta e o cara disse que a maionese acabou.
O mundo ta doido, volto outra hora.
- Mas hein? Como assim, cara?
- To te falando que o mundo ta doido.
O colega então entra no tráfico de fitas, chama pelo atendente
que finalmente surge com aquela cara de sono maldormido e de ter se lambuzado
todo com a maionese imaginária.
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