terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A república da cagalhada e do carnaval

Assim começou a república brasileira...


Deodoro desabafa com Floriano



A República foi proclamada em 15 de Novembro de 1889 de maneira tão atabalhoada que o chamado Governo Provisório, chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, teve de tentar reorganizar toda uma administração e uma enorme burocracia composta na sua maior parte por fiéis servidores do Imperador. Ainda que muitos funcionários tenham se apressado em renegar suas antigas convicções monarquistas, os militares que acabavam de assumir o poder deveriam substituir a maior parte dos cargos de confiança. Isso naturalmente criava tensões consideráveis e a irritação do velho marechal Deodoro era constante. Nesta carta de 21 de Agosto de 1890, dirigida a Floriano Peixoto, uma das mais contundentes e irônicas da correspondência conhecida entre os dois grandes líderes militares dos primórdios da República, Deodoro deixa transparecer claramente seu aborrecimento:

Floriano, estou convencido de que todos procuram contrariar-me: mais uma cagalhada.
Na ordem do dia nº 90 vem a nomeação do alferes Carlos Baptista de Oliveira ,que é arregimentado, para oficial de ordens do comandante da Escola Militar.
Viva o ministro da Guerra
Viva o ajudante general
Viva o carnaval.
21 de agosto
O amigo velho,
Deodoro
PS.: Depois de amanhã passarei telegrama ao governador do Ceará fazendo recolher o alferes.




 Texto de Pedro Correa do Lago
Fonte: site da Revista Piauí
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-manuscritas/geral/deodoro-desabafa-com-floriano

sábado, 28 de dezembro de 2013

ESSA VAI PARA OS PICHADORES

RECEITA DE ANO NOVO


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade
 
 

sábado, 21 de dezembro de 2013

O vendedor e o Hare Krishna

Diálogo que aconteceu agora na Feira do Lavradio entre um vendedor ambulante e um Hare Krishna.

O vendedor chega com um saco cheio de gelo e latinhas de cerveja e Ice.

- Vai uma cervejinha aí, ô da careca?

- Não obrigado, só aceito leite, água, suco de frutas...

- Suco de fruta? Eu tenho uma parada q vai servir pra você.

O homem puxa uma latinha de Smirnoff Ice e o Hare Krisha olha com espanto:

- Não, isso não pode.

- Ué meu amigo, aqui tem suco de limão, pô.

- Não vou bem esse suco que eu imaginei.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vc nota q seu país é uma merda quando o termo mais procurado no Google em 2013 foi o Big Brother Brasil.

TAPETE TRICOLOR

Alladin anda com inveja do Fluminense. O tapete voador anda mais farto nas Laranjeiras do que nas Arábias. Aliás, seria Alladin ou Ali Babá?



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

mundo moderno

Acho interessante quando vejo uma foto de Fidel Castro usando um casaco da Adidas.Isso q se chama de mídia espontânea.

O q faz esse bando de índios aqui no Maracanã? Vai invadir a sede da Funai!

KIEV 2013 E BUDAPESTE 1956 - UM PARALELO



Os recentes protestos em Kiev na Ucrânia exigindo que o governo se afaste da influência russa e foque na Europa Ocidental lembra o passado. Os ucranianos chegaram até derrubar uma estátua de Lênin, o pai da revolução russa. Para eles, a Rússia é nociva aos interesses nacionais e é vista como uma ditadura comandada por Vladimir Putin. Essa  história toda parece muito o que aconteceu no tempo da Guerra Fria. Lá pelos anos 50 e também em um país do Leste Europeu.

A cidade estava em polvorosa nos dias de outubro e novembro de 1956. Centenas de milhares de pessoas nas ruas de Budapeste gritavam palavras de ordem.

- Russos voltem pra casa!





As mentes em torno de uma só ideia: acabar com a terrível influência soviética na Hungria. Na verdade quem mandava no país eram os camaradas de Moscou.

 O ápice da revolta foi a derrubada de uma estátua de Josef Stalin em uma das principais praças da capital. Algum gaiato pichou as iniciais WC no rosto já destruído após vários pisões e chutes dos moradores enfurecidos. O Exército Húngaro não fazia nada, chegou até a apoiar o povo.

Nesta época, a Rússia vivia em processo de desestanilização promovida pelo novo secretário geral do Partido Comunista, Nikita Kruschev. Ele parecia abrir aos poucos a URSS para uma espécie de democracia bolchevique.
Abriu-se então a brecha para os revoltosos, em sua grande maioria composta por estudantes. Eles exigiam o fim da ocupação soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro". O povo não queria mais ser governado pelos conservadores Enro Gero e Matias Rakosi. Eles eram visto como capachos de Moscou. O povo queria o nacionalista Imre Nagy, e gritava por seu nome. A vontade popular se fez e Nagy assumiu o governo. Uma vitória retumbante e extraordinária, mas que durou pouco tempo.
Nagy foi à rádio e comunicou uma série de mudanças democráticas, como a instalação do multipartidarismo, a extinção da polícia política, a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a busca do socialismo condizente com as características nacionais da Hungria. O país chegou até a sair do Pacto de Varsóvia.
  
O Kremlin inicialmente e de maneira estranha aceita todas as resoluções húngaras e até retirou suas tropas do país.

Na verdade Nikita Kruschev estava furioso e socava a mesa de seu gabinete. Tentou se acalmar arremessando o sapato do pé esquerdo contra a parede.
- Acabem com esta palhaçada!
Kruchtchev e a direção do Partido soviético, apesar das suas promessas públicas, logo decidiram impedir que o país saísse da influencia da União Soviética. Na cabeça dos russos, aquilo era uma afronta. Na madrugada de 4 de novembro, com a desculpa de supostas negociações, a KGB preparou uma armadilha aos dirigentes húngaros. A seguir, aproximadamente 2500 tanques e 100 mil soldados do Exército soviético invadiram a Hungria. Às 5 horas e 20 minutos, a Rádio Nacional Livre começou a transmitir um comunicado dramático: “Aqui fala Imre Nagy...Esta madrugada as tropas soviéticas iniciaram um ataque contra a nossa capital com a clara intenção de derrubar o Governo legítimo e democrático da Hungria. As nossas tropas estão a lutar! O Governo mantém-se no lugar...”

Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia política, esta abriu fogo contra a multidão.

O Exército Vermelho invade Budapeste, com mais de mil tanques, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia, derrotando em alguns dias as forças húngaras. Calcula-se que 20 000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos. Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de 13 mil foram presos. As tropas soviéticas só deixaram  verdadeiramente a Hungria em 1991.

Em Moscou Kruschev coçava a careca aliviado. Ele que havia se transformando em um anti-Stalin acabou agindo de maneira mais cruel do que seu antecessor. O camarada retira seus óculos e olha com atenção para a lente e pensa.

- O que Stalin faria no meu lugar?

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

JORNALISMO E A CURIOSIDADE

 Este pequeno texto continua atualíssimo. Salve João do Rio!

"O público quer uma nova curiosidade. As multidões meridionais são mais ou menos nervosas. A curiosidade, o apetite de saber, de estar informado, de ser conhecedor são os primeiros sintomas da agitação e da nevrose. Há da parte do público uma curiosidade malsã, quase excessiva. Não se quer conhecer as obras, prefere-se indagar a vida dos autores. Precisamos saber? Remontamos logo às origens, desventramos os ídolos, viviemos com eles. A curiosidade é hoje uma ânsia... Ora, o jornalismo é o pai da nevrose porque transformou a crítica e fez a reportagem."

João do Rio - Momento Literário - 1908





sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

PENSATAS PACATAS - SORTEIO DA COPA

- Rodrigo Hilbert é ruim demais

- Fernanda Lima tá gostosa pra cacete, olha q nunca achei isso tudo

- Foi bonito ver Alcides Ghiggia, nosso carrasco-mor, no sorteio. Tomara q ele não traga o fastasma de 1950. Buuuuuuuuuuu!

- Jerome Valcke não parava de olhar os peitões da Fernanda Lima.


- Desde quando Fernanda Lima tem peitões?



- Se os chefões da Fifa vissem hoje o entorno do Maracanã após as chuvas.... sei não.

- A Globo vem minimizando mas eu acho q o grupo do Brasil com  Croácia, Camarões e México não é fácil não.

- Não sabia q a música 1 X 0 do Pixinguinha tinha letra. Seria muito melhor no instrumental. 

- O dueto entre Vanessa da Mata e Alexandre Pires foi algo tenebroso. 

- Boa ideia terminar o show com Margareth Meneses e Olodum.  

- Por que a tradução simultânea é sempre ruim?  

sábado, 30 de novembro de 2013

A FEITICEIRA DO ARCO DO TELLES


"E a história de terror, mais impressionante a dos Arcos dos Teles:
O que pouca gente sabe é que o beco debaixo do arco esconde muitos dramas e alguns mistérios. Há quem o considere um lugar maldito e garanta que é mal assombrado. Dentre os diversos episódios estranhos que envolvem o lugar, veremos um dos mais terríveis: a história de uma das primeiras feiticeiras do Rio de Janeiro, certamente a mais cruel. Desculpem-me pelo relato forte e chocante. Todos os fatos que vou citar ocorreram e estão registrados em documentos antigos da polícia carioca.


Com a construção da Casa do Governo pelo governador Gomes Freire no Largo do Paço (atual Praça VX), as redondezas se valorizaram e passaram a ser freqüentadas pela sociedade. Vendo isso, o português Antônio Telles Barreto de Menezes (juiz e proprietário de terras em Jacarepaguá e Baixada Fluminense) mandou construir uma carreira de casas de aluguel naquele logradouro, em 1743.


- Quando a obra chegou à travessa do Mercado do Peixe, o engenheiro Alpoim (responsável pelo projeto) teve que traçar um amplo arco sobre ela, para que a via dos mercadores não ficasse obstruída pela nova construção. Vem daí o apelido de "Arco do Telles". Os prédios foram todos alugados, ficando os térreos principalmente para os lojistas de secos e molhados; a casa maior, justamente a que ostentava o arco, foi ocupada pelo Senado da Câmara (equivalente hoje à Câmara dos Vereadores).


- A má sina daquele local iria se revelar nessa época, mais exatamente em 20 de julho de 1790, na loja térrea próxima à rua Direita, onde existia uma loja de objetos usados denominada curiosamente de "O Caga Negócios". Um violento incêndio criminoso destruiu o prédio e deixou dezenas de feridos e dois mortos. O fogo atingiu o andar superior e consumiu o arquivo do Senado da Câmara, perdendo-se assim toda a documentação referente aos primórdios da cidade, inclusive os recibos e cobranças de foros (espécie de IPTU) e os registros gerais de imóveis.


- A partir desta tragédia, aquela área perdeu o viço e caiu em decadência, transformando-se em abrigo da malandragem e ponto de prostituição. Apesar de haver ali um oratório de N. Sra. dos Prazeres, a baixaria era tão grande que moradores das proximidades removeram a santa para a Igreja de Santo Antônio dos Pobres, onde permanece.


- Foi nesse ambiente nefasto, em meio à escória da cidade, que Bárbara dos Prazeres certa noite apareceu, rompendo a penumbra do beco do Arco dos Telles. Começava ali uma história de pavor.


- Após o incêndio do casario da Travessa do Mercado, em 1790, o lugar decaiu e tornou-se reduto de marginais e antro de prostituição do mais baixo nível. Dentre as mais famigeradas figuras do Arco do Telles nessa época, sobressaiu-se a prostituta e depois feiticeira Bárbara dos Prazeres. A maior parte dos dados abaixo foram registrados pela Intendência Geral de Polícia, criada pelo Príncipe D. João, em 1809.
- Nascida em Portugal no ano de 1770, tinha 18 anos de idade quando veio com o marido para o Brasil. No Rio de Janeiro, apaixonou-se por um mulato e assassinou o esposo para viver livremente com o amante. Consta que o homem, porém, passou a viver às custas da jovem e chegou a consumir a maior parte dos seus bens. Durante uma briga do casal, Bárbara o matou também.


- Marcada pelos assassinatos e sem meios de subsistência, restou à bela jovem de 20 anos ganhar a vida se prostituindo. Fez seu ponto exatamente ali, debaixo do Arco do Telles, onde angariou vasta clientela. Por quase 20 anos, ela considerou ter encontrado a sua vocação e o seu lugar na sociedade.


- Porém, o tempo e a vida desregrada cobraram o seu tributo. Começou a ficar velha e já não atraía tantos homens. Também as dores nos ossos a cada dia ficavam mais insuportáveis (provavelmente havia contraído sífilis). Temendo cair na miséria e na solidão, desesperada, ela procurou um remédio nas muitas casas de feitiçaria e magia negra do Rio de Janeiro, uma poção que aliviasse suas dores e a tornasse bonita e jovem outra vez.


- Uns dizem que custou todo o dinheiro que ela tinha juntado, outros, que o preço foi sua alma; de concreto, o que se sabe é que alguém lhe passou uma fórmula que teria o efeito desejado. Os principais componentes eram certas ervas e sangue humano morno, mais precisamente, de crianças ainda vivas.
- Foi quando começou a raptar meninos pobres, filhos de escravos e de mendigos, e também a ficar de tocaia na Roda dos Expostos da Santa Casa, onde eram abandonados os bebês para adoção. Não há números exatos, mas foram dezenas as vítimas que ela sacrificou no lúgubre ritual de rejuvenescimento. O pavor tomou conta da população do Rio de Janeiro, cujas crianças passaram a ser trancadas em casa e a só sair na companhia de adultos.


- Nossa personagem, nesta época, aparece nos registros do Intendente Geral de Polícia, desembargador Paulo Fernandes Vianna, como Bárbara dos Prazeres (por causa do oratório no Arco do Telles) e também como Bárbara "Onça" (referência à sua ferocidade). Parecem vir desse período as expressões: "cuidado que a bruxa está solta!" e "olha que a Onça está solta!".


- Bárbara levava suas pequenas vítimas para a tapera em que morava, na Cidade Nova. Pendurava as crianças pelos pés com uma corda, as esfaqueava e postava-se embaixo delas para banhar-se no sangue que jorrava ainda quente dos corpinhos sem vida.


- Talvez a criminosa mais procurada na cidade em todos os tempos, consta que viveu até 1830, quando simplesmente desapareceu. Nesse ano, surgiu um cadáver de mulher boiando próximo ao Largo do Paço, mas suas feições estavam irreconhecíveis. Alguns afirmaram que era Bárbara, mas outros não a identificaram. 


- Há quem suspeite (lenda urbana?) que ela continua viva até hoje, graças ao segredo da fórmula de rejuvenescimento. E mais: teria assumido a condição de feiticeira e aplicado a receita em alguns milionários, em troca de parte de suas fortunas.


- Diz-se que ainda hoje, em certas madrugadas sem lua, quando já partiram os últimos garçons dos bares da Travessa do Comércio e cessou o movimento da boemia, escuta-se no beco a gargalhada de Bárbara Onça, a feiticeira, ecoando assustadoramente pelos vazios escuros do Arco do Telles .Também ouvem-se choros, lamentos e palavrões, além de vultos que parecem entrar e sair pelas paredes, além de uma espécie de gargalhada espectral que muitos dizem vir do lugar onde morava a bruxa Bárbara dos Prazeres".
Foto e texto retirada da página GuaAntiga.


Francisco Tadini

domingo, 24 de novembro de 2013

O mineiro e o fechamento do Congresso Nacional

Era tardinha em Brasília. O sol refletia em um feixe dourado sobre o Lago Paranoá. A cidade estava calma depois de um vendaval político. Sentado na cadeira de presidente da República, um senhor de topete branco cafona, óculos de aros grossos e um leve sotaque mineiro.
Itamar Franco caia de paraquedas na cadeira de Presidente da República Federativa do Brasil. Era 1992. Mesmo cheio de afazeres, Itamar aceita uma audiência em seu gabinete com um grupo de parlamentares, dois deputados federais e um senador. O Brasil tinha acabado de ver surgir como um raio e desabar como uma gangorra o mandato do ex-presidente Fernando Collor. O país viveu intensamente todo o processo de impeachment.

No Palácio do Planalto, o mineiro era de vez o chefe do Executivo, não mais interino. Com sua delicadeza peculiar e sua voz baixa recebeu calorosamente os parlamentares. Ele  vieram fazer um pedido insólito.

- Recomendamos que vossa excelência feche o Congresso Nacional.

Itamar arregala os olhos, parece não acreditar nos seus ouvidos. Foi pego de surpresa. Pensou o quanto irônico era aquela situação: parlamentares pedindo para fechar o parlamento.

- Perdão, acho que não entendi.

- Foi isso mesmo, senhor presidente. Recomendamos que o senhor feche o Congresso - disse um dos parlamentares.

Itamar ajeita os óculos e franze a testa. Ele tenta entender de onde surgiu essa ideia tão estapafúrdia.

- Meus amigos, gostaria de entender o porquê dessa decisão tão drástica. Qual é o sentido?

- Senhor presidente, vivemos um momento grave. A corrupção é generalizada nas duas Casas. O dinheiro público está indo para o ralo. São poucos que ainda não entraram no esquema. É vergonhoso. Os atuais parlamentares fazem parte de uma organização criminosa.

Pálido, Itamar ajeita o topete com a mão direita. Bate com a caneta duas vezes contra o papel em sua mesa e tenta deglutir em sua mente as informações passadas. O que fazer?

- Vossa excelência, como novo presidente da República tem que tomar uma atitude firme já. Esse é o único meio para depurar o parlamento brasileiro.

De sopetão, o mineiro de Juiz de Fora respondeu:

- Não posso fazer isso.

- É o seu dever como chefe da nação.

Um outro parlamentar continua.

- Acabamos de derrubar um presidente corrupto. Vossa excelência é um homem honesto.

O homem vira a cabeça para os lados, põe um das mãos na boca como se tivesse limpando. Itamar começa a suar. Nunca recebeu uma proposta tão ousada em sua vida. A modelo Lilian Ramos ficaria com inveja.

- Sou honesto mas não autoritário. Não vou fechar o Congresso Nacional. Sei há problemas, mas não vai ser fechando que iremos resolver. Eu lutei contra a ditadura, exatamente por isso não pretendo virar um déspota. É através da democracia que esses problemas irão se resolver.

Um deles tentar intervir.

- Mas presidente, isso vai demorar... Precisamos de uma ação já!

- Que demore o tempo necessário. O parlamento é fundamental em um país democrático. O governo vai dar todo apoio necessário para que ele continue funcionando. Não vou discutir mais isso.

Meses depois estoura a primeira grande crise no Congresso Nacional, a CPI dos anões do orçamento. A primeira de muitas.

E a gente vai levando

Vai Levando

Vinicius de Moraes

Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, toda Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !


LINK: http://www.youtube.com/watch?v=M0bPRXrGsi8

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

RESPOSTA A IMPUNIDADE

Tô louco para ver atras das grade o ex-ministro José Dirceu; o deputado José Genoino; o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares; Marcos Valério, apontado como "operador" do esquema; Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério; Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural; o advogado Rogério Tolentino, o ex-deputado Pedro Corrêa e a ex-funcionária de Valério, Simone Vasconcelos.... entre outros.

Só falta o grande molusco.

De Deodoro a Dilma

A República começou há 124 anos com o nome de Estados Unidos do Brasil e oito ministros, em vez dos 39 de hoje.
De acordo com a biblioteca do Planalto, eram três ministérios: Guerra, Marinha e Fazenda.
Havia ainda cinco secretarias ligadas à Presidência: Justiça, Negócios Estrangeiros, Interior, Agricultura (que também incluía Comércio e Obras Públicas) e Instrução Pública (que também incluía Correios e Telégrafos).
Na época, os impostos tomavam 10% da renda do país; hoje são 35%.

Fonte: site da Folha de São Paulo

sábado, 2 de novembro de 2013

TARDE DEMAIS


O secretário Estadual de Segurança José Mariano Beltrame, lamentou a morte de duas pessoas durante o tiroteio, em Bangu. Um PM e uma criança de 8 anos morreram na tragédia. Criminosos tentaram invadir O fórum do bairro para resgatar bandidos. O secretário defendeu o uso do recurso de videoconferência durante as audiências judiciais para impedir o q aconteceu nesta quinta. Ok, a ideia não é nova, mas só quando acontecesse este tipo de situação é lembrada. Segue o link:





http://videos.r7.com/beltrame-defende-uso-de-videoconferencia-em-audiencias-judiciais-no-rio-de-janeiro/idmedia/5273f8570cf25d22b525a619.html

terça-feira, 22 de outubro de 2013

República

Lendo as primeiras páginas de 1889, descobri q não foi o Marechal Deodoro da Fonseca quem proclamou a República, aliás ele sempre foi monarquista, mas sim um bando de jornalistas. Eles escreveram e publicaram um manifesto, depois encaminharam a Câmara Municipal, quando Deodoro descobriu já era tarde demais.
 
 

lembranças do poetinha

A cidade antiga

Rio de Janeiro , 2004

Houve tempo em que a cidade tinha pêlo na axila
E em que os parques usavam cinto de castidade
As gaivotas do Pharoux não contavam em absoluto
Com a posterior invenção dos kamikazes
De resto, a metrópole era inexpugnável
Com Joãozinho da Lapa e Ataliba de Lara.

Houve tempo em que se dizia: LU-GO-LI-NA
U, loura; O, morena; I, ruiva; A, mulata!
Vogais! tônico para o cabelo da poesia
Já escrevi, certa vez, vossa triste balada
Entre os minuetos sutis do comércio imediato
As portadoras de êxtase e de permanganato!

Houve um tempo em que um morro era apenas um morro
E não um camelô de colete brilhante
Piscando intermitente o grito de socorro
Da livre concorrência: um pequeno gigante
Que nunca se curvava, ou somente nos dias
Em que o Melo Maluco praticava acrobacias.

Houve tempo em que se exclamava: Asfalto!
Em que se comentava: Verso livre! com receio...
Em que, para se mostrar, alguém dizia alto:
"Então às seis, sob a marquise do Passeio..."
Em que se ia ver a bem-amada sepulcral
Decompor o espectro de um sorvete na Paschoal

Houve tempo em que o amor era melancolia
E a tuberculose se chamava consumpção
De geométrico na cidade só existia
A palamenta dos ioles, de manhã...
Mas em compensação, que abundância de tudo!
Água, sonhos, marfim, nádegas, pão, veludo!

Houve tempo em que apareceu diante do espelho
A flapper cheia de it, a esfuziante miss
A boca em coração, a saia acima do joelho
Sempre a tremelicar os ombros e os quadris
Nos shimmies: a mulher moderna... Ó Nancy! Ó Nita!
Que vos transformastes em dízima infinita...

Houve tempo... e em verdade eu vos digo: havia tempo
Tempo para a peteca e tempo para o soneto
Tempo para trabalhar e para dar tempo ao tempo
Tempo para envelhecer sem ficar obsoleto...
Eis por que, para que volte o tempo, e o sonho, e a rima
Eu fiz, de humor irônico, esta poesia acima.



Vinicius de Moraes

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Black Blocs

Lendo um livro descobri que os black blocs existem desde o fim dos anos 90 e já agiram em várias partes do mundo, principalmente Europa e Estados Unidos. Eles sempre usam a mesma tática de destruir tudo que tem algum símbolo capitalista como McDonalds, lojas da Nike entre outras marcas multinacionais e bancos. Eles também gostam de agir em blocos, atacando vários lugares diferentes o que dificulta a ação da polícia. Essa garotada vestida de preto se sente realizada quando vandalizam prédios do governo. Querem impor medo aos políticos.

Na grande maioria dos casos os black blocs acabam em confronto direto com a policia. Gás lacrimogênio, balas de borracha, cacetete e muita porrada.

Os black blocs usam o quebra-quebra para chamar a atenção em nome de uma causa social ou política, o grupo pretende também gerar algum prejuízo para as grandes empresas capitalistas, para eles isso não é vandalismo mas sim justiça contra todos os males provocados pelos capitalistas selvagens.

Aqui no Rio eles apareceram pela primeira vez durante a visita do presidente norte americano Barack Obama, em 2011.Na última manifestação quase todas as lojas da Cinelândia foram destruídas, até ônibus foram incendiados.

A população fluminense é quem melhor aceita os Black Blocs no Brasil até porque está cansada de ser enganada por essa cambada de políticos corruptos. Porém até que ponto vale destruir estabelecimentos públicos e privados em nome de uma causa política?
Sei que as revoluções não nascem de movimentos pacíficos mas vale se questionar se o que acontece no Rio está funcionando.

 Hoje no Rio teremos uma nova manifestação dos professores. Sabe-se lá o que irá acontecer. Agora, esse grupo de jovens vestidos de preto e máscara no rosto precisa se ligar. A opinão pública pode ficar contra eles caso continuem depredando tudo em sua volta. Empregos de pessoas comuns podem entrar em risco. Se uma loja de roupas ou celulares for totalmente danificada, o que fazer com os funcionários? Os donos vão precisar de dinheiro para o conserto e normalmente quando é preciso economizar a primeira atitude é demitir pessoal. Saber escolher bem seus integrantes é também fundamental para que a ação seja minimanente organizada e não surja surpresas desagradáveis como criminosos infiltrados.

Não adianta quebrar tudo se não tem um mínimo de inteligência e estratégia.

domingo, 13 de outubro de 2013

perguntinha

Será q o alcaide de Sebastianópolis tem algum de seus filhos matriculados em escolas do município?

terça-feira, 8 de outubro de 2013

DIALOGOS POSSÍVEIS

 

Michelangelo apresenta Davi, sua obra prima                      

Leonardo da Vinci
É realmente bela. Não posso negar. (Ponta de inveja)

Michelangelo
Obrigado, mestre. (Um pouco de raiva)

LV
Aproveite seu momento. Mas é uma pena, Vai ser dificil, você se superar.

MA
Um defeito que eu não tenho, meu caro mestre, eu entrego as minhas obras, algo que
não é muito o seu forte
 
 
Os políticos precisam temer o povo.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Hoje nova manifestação. A porrada vai comer de novo. Black Blocks X PM
Ok,ok. Sou a favor da saída de Sergio Cabral e de Eduardo Paes. O
problema é, quem colocaremos no lugar deles???? Não podemos esquecer
dos deputados da Alerj e dos vereadores. Eles também são culpados dos problemas que enfrentamos hoje.
Precisamos de gente nova.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Por que diabos a F1 quer desencavar o Rubens Barrichello ao invés de apostar em sangue novo como Felipe Nars e Luiz Razia?

Eike Batista está cada vez mais parecido com Barão de Mauá. Antes, o queridinho do governo' agora não querem ver nem pintado de ouro.
Papa Francisco, homem muito bonzinho, resolveu canonizar os seus antecessores João XXXIII e João Paulo II. Ele jogou pra galera. Os dois papas eram extremamente carismáticos q eu mudaram a história da Igreja Católica, além disso foi tudo tão rápido, o processo de canonização normalmente dura décadas. Um espanto, principalmente falando de João Paulo II que morreu em 2005.  Eu queria ver se o jesuíta-mor fizesse o mesmo com Pio XII e Pio IX. Aí o bicho ia pegar.
Lula conseguir colocar seu incompetente ministro da Educação como prefeito de São Paulo. Claro, o rapaz só faz cagada, vide as manifestações do meio do ano. Agora, o molusco-mor que impor o incompetente ministro da Saúde para ser governador de São Paulo. Tá de sacanagem?
O prefeito Eduardo Paes se mostra tão ditador quanto papai Cabral e mete a porrada nos professores. Quando alguma autoridade vai respeitar esta classe? Quando eles vão receber um salário justo?
A Unimed assumiu os clientes da Golden Cross e simplesmente desapareceu com os melhores hospitais da rede, como Copa D'or, Samaritano e São Vicente. Ou seja antes eu tinha direito a um leito nesses hospitais caso precisasse de internação agora não tenho mais. Como passe de mágica. Recebi esses dias o livro com os telefones da empresa e fiquei assustando, a maioria das hospitais são com nomes estranhos e os já conhecidos são de baixíssima qualidade. O CADE e a Agência Nacional de Saúde liberaram esse ataque vergonhosos ao consumidor.
As ideias do novo presidente iraniano sobre holocausto, armas nucleares e diálogo com os EUA são tão impressionantes que parecem lorotas. Pra mim merecem respeito pois é a primeira vez desde 1979 que o mundo poderá ter um diálogo saudável com o país dos aiatolás. Há luz no fim do túnel.

sábado, 21 de setembro de 2013

Tribunal do Feicebuqui

O sempre atuante e atual Tom Zé resolver fazer uma canção para aqueles q o criticaram. Tudo porque o músico fez um comercial pra Coca-Cola. O chamaram de 'vendido', 'americanizado', 'mercenário' e muito mais. Para responder essa ignorância toda segue a música do mestre Tom Zé.

Clique aqui Tribunal de Feicebuqui
"Corruptos são encontrados em várias partes do mundo, quase todas no Brasil."

Millôr Fernandes

domingo, 15 de setembro de 2013

DESEJO



  • DESEJOS

    Desejo a vocês...
    Fruto do mato
    Cheiro de jardim
    Namoro no portão
    Domingo sem chuva
    Segunda sem mau humor
    Sábado com seu amor
    Filme do Carlitos
    Chope com amigos
    Crônica de Rubem Braga
    Viver sem inimigos
    Filme antigo na TV
    Ter uma pessoa especial
    E que ela goste de você
    Música de Tom com letra de Chico
    Frango caipira em pensão do interior
    Ouvir uma palavra amável
    Ter uma surpresa agradável
    Ver a Banda passar
    Noite de lua cheia
    Rever uma velha amizade
    Ter fé em Deus
    Não ter que ouvir a palavra não
    Nem nunca, nem jamais e adeus.
    Rir como criança
    Ouvir canto de passarinho.
    Sarar de resfriado
    Escrever um poema de Amor
    Que nunca será rasgado
    Formar um par ideal
    Tomar banho de cachoeira
    Pegar um bronzeado legal
    Aprender um nova canção
    Esperar alguém na estação
    Queijo com goiabada
    Pôr-do-Sol na roça
    Uma festa
    Um violão
    Uma seresta
    Recordar um amor antigo
    Ter um ombro sempre amigo
    Bater palmas de alegria
    Uma tarde amena
    Calçar um velho chinelo
    Sentar numa velha poltrona
    Tocar violão para alguém
    Ouvir a chuva no telhado
    Vinho branco
    Bolero de Ravel
    E muito carinho meu.

    Carlos Drummond de Andrade

sábado, 7 de setembro de 2013

Hino da Independência



Play

Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Tóquio foi escolhida como sede das Olimpíadas de 2020. É capaz dos japas entregarem as obras antes da gente.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

pensamento

Após a Câmara não cassar um deputado preso, a  impressão é que todas essas manifestações no Brasil  não deram em nada.
O discurso da presidentA é um grande exemplo. Tudo balela. As coisas se acalmaram e a tendência é que as eleições no ano que vem, vamos eleger os mesmos políticos que criticamos agora. Tomara que eu esteja errado.

Segue um ranking de nossos "melhores" parlamentares. Vejam e critiquem. Segue o link:

Ranking Político




Mickey Mouse e os surrealistas

A união entre dois gênios não é algo simples. Os egos se levantam. Que tal unir Salvador Dali e Walt Disney. O que tem em comum entre Mickey Mouse e o surrealismo? Nada, né? Não é bem assim. Quem assistiu ao filme Fantasia (1940) deve ter prestando a atenção em vários elementos surrealistas, inclusive no 'Aprendiz de feiticeiro', trecho quando Mickey aparece aprendendo magia. Todo o filme tem forte presença de Dali.

Roy Disney, sobrinho de Walt, descobriu a alguns anos um projeto entre os dois gênios. Infelizmente não foi pra frente devido a falta de dinheiro dos estúdios Disney no pós guerra. Cinquenta anos depois, o filme foi finalizado e se chama 'Destino'. É lindo. Divirtam-se. 



Clique aqui:   DESTINO (DALI & DISNEY)




sábado, 10 de agosto de 2013

POEMA EM LINHA RETA

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)
[538]

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PENSATAS PACATAS

- O governo de Sergio Cabral já acabou, só esqueceram de enterrar. O meu medo é o que virá depois dele.

- Vi agora a capa da Playboy com a gostosa da Nanda Costa. Nem nessa foto ela consegue esconder o seu lado pouco feminino.

- A ex-BBB Renatinha está um espetáculo com novo silicone.  

- Mais um ônibus cai de um viaduto no Rio, desta vez em Itaguaí. Seis pessoas morreram e trinta ficaram feridas. Incrível, o governador ainda tem a coragem de manter o mesmo secretário de Transportes.

- A Família Sarney vive um inferno astral. Um mosquito derrubou José. Gurgel quer derrubar Roseana. A torcida é grande...

- Pode não parece, mas as manifestações continuam rolando pelo país e outras já estão marcadas.

-  O coronel José Luís Castro Menezes, novo comandante geral da PM é suspeito de ter cometido usurpação de função pública e está sendo investigado pelo Ministério Público estadual. Castro era chefe do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA) durante uma operação da PM em março deste ano, no conjunto de favelas do Caju. Ora, se a PM não pode fazer investigações, por que então existe a P2?

- Galvão Bueno deve ter se contorcido todo ao ver o primeiro gol de Neymar pelo Barcelona e não poder narrar. 

- Praticamente todas as maravilhosas e brilhantes ideias de nossa mandatária-mor para acalmar o povo nas ruas cairam por terra. Ela está vendo seu governo ruir aos poucos.

- O pior é que muita gente ainda prefere o antecessor dela. Meu Deus, tamo fu...


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mario Covas morreu como um santo... agora estão sendo descobertas as falcatruas tucanas no sistema de transportes paulista.

domingo, 4 de agosto de 2013

O preço da Copa e Cadê Amarildo? - ELIO GASPARI


 A coluna de hoje de Elio Gaspari está primorosa.

Recordar é viver
Está na rede um depoimento de Paulo, filho do general João Baptista Figueiredo, contando o encontro de seu pai com João Havelange, em 1979. O então presidente da Fifa queria trazer a Copa de 1986 para o Brasil. À época os interessados falavam numa despesa de US$ 500 milhões. O general sabia que a conta não ficaria por menos de US$ 1 bilhão, quantia equivalente a US$ 3,2 bilhões em dinheiro de hoje.
Pode-se não gostar de Figueiredo, mas ninguém podia tirar de sua biografia o fato de ter assinado a anistia. Agora, pode-se acrescentar que não assinou o cheque da Copa.
A Copa de Lula custará R$ 28 bilhões, ou US$ 12,1 bilhões.

Cadê o Amarildo?
No dia 14 de julho o pedreiro Amarildo de Souza, pai de seis filhos, foi levado para a Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha e desapareceu.
Segundo a polícia, ele foi liberado e não se sabe para onde foi.
Cadê o vídeo que registrou sua saída da UPP? A câmera estava quebrada.
Cadê os GPS dos carros da UPP, capazes de mostrar por onde andaram? Estavam desligados.
Cadê a inteligência da população? Precisa ser pacificada.
Para isso, o secretário de segurança Beltrame poderia responder a uma pergunta: Quantas vezes pifaram simultaneamente os controles das câmeras e os aparelhos de GPS em outros estabelecimentos policiais sob sua jurisdição?


ELIO GASPARI

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/a-marquetagem-rudimentar-da-doutora-9346691

terça-feira, 23 de julho de 2013

PENSATAS PACATAS - MANIFESTAÇÃO PALÁCIO GUANABARA / VISITA DO PAPA

- Na manifestação GLBT ontem no Largo do Machado teve um cartaz q me chamou a atenção. O cara escreveu o seguinte: MEU CÚ É LAICO.

- Desnecessário as duas meninas nuas se beijando na escadaria da igreja de Nossa Senhora da Glória. Fizeram só para aparecer.

- O nível de violência nas manifestações está me assustando. O número de coqueteís molotov entre os baderneiros vem aumentando consideravelmente

- Não gostaria de ser segurança do Papa.

- O carisma de Bergoglio é contagiante, total oposto de Ratzinger.

- A PM vem se superando na violência. Um policial usou uma arma de choque contra o peito de um rapaz caido no chão. Foi tão forte que o homem acabou desmaiando. Um perigo. Se o cara fosse cardiopata poderia ter morrido.

- Até o Papa pegou um engarrafamento na Presidente Vargas hahah

- O Papa parece não querer citar as manifestações. Dilma vai segurar a barra. 



.

A Igreja Católica precisava de um Papa carismático. A perda de fiéis é gigantesca. Nada melhor q um jesuíta evangelizador e guerreiro para resolver os graves problemas na Santa Sé.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

PENSATAS PACATAS SOBRE A MANIFESTAÇÃO NO LEBLON

- Os manifestantes vem gritando ultimamente q o governo estadual 'investisse em educação e esquecesse a UPP'. Concordo com o q fala sobre a educação, mas na minha opinião a UPP é importantíssima. A única ação do governo Cabral no qual eu apoio sem reservas.

- Como as coisas são diferentes no Leblon. No bairro da high society carioca, baderneiros burguesess pilham a loja da Toulon e o Lidador. Tem muita gente por aí vestindo roupa nova e bebendo Black Label. 

- A rejeição ao Cabral seja a ser impressionante. Nenhum outro governador no Brasil vem sofrendo tanto quanto ele. Em parte ele mereceu.

- Se Cabral não conseguir por o Estado em ordem novamente, pode dar adeus a política. Ele está seguindoi o caminho trilhado por Brizola, Benedita, Moreira Franco e Cesar Maia... esse grupinho aí o povo não quer ver nem pintado de ouro no carnaval. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Quinta - feira 22h. Acordei assustado. Uma sonora e enorme gritaria vinha da rua Marquês de Abrantes, no Flamengo. A gritaria foi num crescendo impressionante. Levantei da cama e fiquei na portaria do meu prédio para ver o que estava acontecendo. Curiosidade mata.

Não sabia que momentos antes, a PM e manifestantes entraram em confronto. Exatamente na porta do Palácio Guanabara. Como sutileza não é uma das características dos policiais... veio a reação popular.

A gritaria que só aumentava de volume era na verdade, vaia seguida de xingamentos a Polícia Militar.

Para que retornassem a Senador Vergueiro, a tropa entrou na Marquês de Paraná. Eram várias viaturas do Batalhão de Choque e um blindado q lança jatos d'água. No alto deste veículo um PM todo de preto. Era ele quem direcionava os jatos. O homem permanecia de pé, parecia o Mussolini seguindo para Roma, antes do golpe de 1922. A identificação visual da tropa era aquele elmo medieval com um círculo em volta, o símbolo do Choque. As vaias só aumentavam, estilo q a presidenta recebeu em Brasília. No Flamengo, não mora Joseph Blatter, por isso ninguém pediu fair play e respecto.

Uuuuuuuuuuuuuuuuuuhhhh PM fdp!!!!!! Fora!!!! Não queremos vcs aqui!!!!! Cambada de fdp!!!!

Os xingamentos também se estendiam ao sobrenome do descobridor do Brasil.
A única que gostou da presença desses estranhos era uma velhinha no prédio em frente ao meu. Ela estava de camisola branca e batia palmas lentamente. Talvez saudosa dos tempos da Redentora. Um pensamento deve ter passado por sua mente quando viu os militares.

- Na minha época, não tinha essa baderna toda.
Pra mim, tudo é curiosidade. A minha paixão e fome de cultura é inesgotável. Quero ler e saber tudo ao mesmo tempo. Literatura, arte, história, televisão são para mim, como o crack na cabeça de um viciado.

Quanto mais cultura eu recebo mais vontade de viver tenho.

Molusco distraído

Lula tem realmente muita m... na cabeça para dizer q as manifestações não são a política. Ele anda viajando demais. Onde estão os avanços nas áreas social, econômica e política.


Jamiroquai - Virtual Insanity

sábado, 13 de julho de 2013

Efeito das manifestações

O nacionalismo aqui no Brasil anda extremado e animado. Acabo de ouvir um grupo de forró tocar o Hino Nacional em ritmo de forró numa festa junina e todos os presentes cantaram em plenos pulmões. Duas vezes.






Pancadaria em frente ao Palácio Guanabara.  CLIQUE AQUI
Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas


OLAVO BILAC

quarta-feira, 10 de julho de 2013

BOMBARDEANDO SÃO PAULO

Alías, ontem foi feriado na capital paulista, dia da Revolta Constitucionalista de 1932. Durante a guerra civil, Getúlio Vargas fez questão de bombardear São Paulo. Pena q não teve tempo de destruir tudo. ahahahhahaha

Essa questão é tão séria q São Paulo é uma das poucas cidades do Brasil q não tem uma Avenida Getulio Vargas.



INCÊNDIO NO CORAÇÃO SELVAGEM

Estava com preguiça e continuei horas deitado na cama, assim como morto-vivo. Depois fiquei de saco cheio e sai de carro indo parar na beira do mar. O dia era tão lindo que parecia novinho em folha. Havia um sol espetacular de um azul-céu na tonalidade literária. Naquele momento o meu pensamento me traiu. Meus olhos notaram as rugas nas mãos, as estrias no corpo, o pé de galinha tomou o espelho do retrovisor. Vi que envelhecia, vi que definhavam os dias gloriosos de imortalidade da juventude. E mais pensamentos me invadiam também naqueles momentos loucos. Uma hora dessas vão chegar assim sem jeito, e dizer que as mulheres que eu amei já se foram. Eu irei mergulhar nas lembranças e chorar pelos momentos que peguei fogo com cada uma. Momentos de incêndio da carne, essa companheira agora cansada. Eu vou lembra de fulana, de sicrana, de cada rosto que eu amei com todos os jeitos de cada amor que se pratica. Os olhos delas, olhares que não terei mais na jornada. E até hoje sei que era feliz em cada incêndio do coração selvagem. E até hoje não sei como cada uma delas se afastou...como a alegria, os sorrisos, a vida se foi...assim.
 
 
Texto de GUTO GRANA

segunda-feira, 8 de julho de 2013

MINISTRAGEM

O Marechal Deodoro da Fonseca derrubou o Império em 15 de novembro de 1889, instaurando a Republica. Além dele e do vice-presidente o também Marechal Floriano Peixoto, eram apenas 7 ministros. Segue a relação:

  • Campos Sales: Ministro da Justiça;
  • Eduardo Wandenkolk: Ministro da Marinha;
  • Benjamin Constant: Ministro da Guerra e Instrução Pública, Correios e Telégrafos;
  • Quintino Bocaiúva: Ministro de Negociações Estrangeiras;
  • Aristides Lobo: Ministro do Interior;
  • Demétrio Nunes Ribeiro: Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas;
  • Rui Barbosa: Ministro da Fazenda.

Em 2013, a presidente Dilma Rousseff segue com 39 ministros. Em breve ela fará sua reunião com o seu  gabinete no estádio do Maracanã.




 Ministros de Washington Luis (1926-30)
Ministros de Dilma (2010)

PENSATAS PACATAS

- O que virá depois de Dilma, Cabral e Paes? Esse é o meu medo.

- Cada vez percebo que Joaquim Barbosa é uma farsa.

- Lula deixou Dilma sozinha, agora ela está cada vez mais isolada.

- A maldade que o governo faz com os aposentados do Aerus é impressionante.

- Eike Batista parece ser realmente uma invenção do Grande Molusco. Já vendeu a OGX, Marina, Hotel Gloria... Vai terminar como o Barão de Mauá.

- Que porrada levou o Anderson Silva.

- Que falha de Diego Cavalieri. Ele aceitou o chute do craque Seedorf.

- Que times horrorosos esses do Flamengo e Vasco. Fla parece ainda ter salvação. 

- Será que vale a pena continuar apostando no Felipe Massa. É óbvio que o acidente sofrido por ele mexeu com o seu jeito de pilotar.

 - Será que as manifestações pararam de vez? Será que o povão, o lado mais baixo da pirâmide, entendeu o que era reivindicado nos protestos?

- Olhando as fotos do biquini da Betty Faria, eu penso: A idade é uma merda!

- Eu quero um helicóptero igualzinho a do Sérgio Cabral. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

pensamento

Com a queda vertiginosa de popularidade de Dilma, Cabral e Paes, com certeza as eleiões no ano que vem vão nos trazer fortes mudanças. Precisamos saber votar bem para que essas mudanças beneficiem o povo.

Nas eleições presidenciais temos Marina Silva, uma das últimas esperanças.
O problema fica aqui no Rio. Os candidatos mais fortes ao governo do Estado são Pezão, Garotinho e Lindbergh. Mesmo odiando o Cabral, nessas circunstâncias voto no Pezão, mas com má vontade.

frase

Como o Papa chegando, será q vão ter novas manifestações?

sábado, 29 de junho de 2013

PERGUNTAS

Por que não fazer um plebiscito para que o povo decida se quer ou não manter o cargo da presidente e dos governadores?

Por que não temos pesquisa de opinião sobre os governadores após as manifestações?

Por que o povo não pressiona também as assembleias legislativas e as câmaras dos vereadores? (Não é só o Congresso Nacional onde mais se rouba, pouco visados os legislativos locais fazem o que querem sem o povo saber)

Por que Lula não se pronunciou após as manifestações?

Por que a oposição é tão fraca no Brasil?

Por que os condenados do mensalão ainda não foram presos?

Após de todos os protestos, como pode Renan Calheiros se manter presidente do Senado?

ATRIBUIÇOES PRESIDENCIAS

 Essas são as atribuições de um presidente da República. Será q estão sendo cumpridas?

 

Atribuições

04/07/2011 às 17h15
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período.
Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. Cabe ao Poder Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da República também pode iniciar esse processo. Em caso de relevância e urgência, adota medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias e leis delegadas.
O Presidente da República também tem o direito de rejeitar ou sancionar matérias e ainda, decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio; manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Compete ao cargo a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outra mais branda.
Para concorrer ao cargo, o candidato ou candidata deve cumprir alguns requisitos:
  • ser brasileiro nato.
  • ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito
  • ter o pleno exercício de seus direitos políticos
  • ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil
  • ser filiado a uma agremiação ou partido político
  • não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.
Em caso de viagem ou impossibilidade de exercer o cargo, o primeiro na linha sucessória a ocupar o cargo de Presidente é o seu vice. Em seguida vêm o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: site do Palácio do Planalto

quarta-feira, 26 de junho de 2013

JAZZ PARA AMENIZAR

Louis Armstrong - Basin Street Blues - 1964

O comissariado quer tungar o ronco

Vale a pena ler este ótimo artigo de Elio Gaspari
 
http://oglobo.globo.com/opiniao/o-comissariado-quer-tungar-ronco-8810124

a mesma pergunta

Aonde está o Lula nessas horas? Ele não era o cara do povo?

Como mudar desse jeito?

Como vamos conseguir mudar este país com políticos como Renan Calheiros, José Sarney, Paulo Maluf, Anthony Garotinho, Jader Barbalho e muitos outros....
A solução está nas urnas no ano que vem.

PRESSÃO

As últimas medidas do governo federal mostram o que ele está fragilizado e sem rumo. Realmente os poderes Executivo e Legislativo só agem sob pressão. O povo continuam nas ruas.

Recuo de Dilma é sinal alarmante de que o governo está perdido

Blog de Ricardo Setti
Não tenham dúvidas, amigas e amigos do blog: é alarmante constatar que o governo da presidente Dilma, neste momento crucial da vida brasileira, com milhões de cidadãos protestando nas ruas, está perdido, está no mato sem cachorro.
Nenhum chefe de Estado que se preze faz uma solene proposta em rede nacional de TV — no caso, a de uma constituinte para realizar uma reforma política, a ser convocada por plebiscito, ideia esdrúxula sobre cuja forma de execução ninguém tinha a menor ideia e que foi duramente combatida por diversos setores — para, 24 horas depois, por vias indiretas e com seu governo mostrando visível desconforto, recuar e dizer que não é bem assim.
Segundo lembra o site de VEJA, “desde que foi alardeada pela presidente, pegando de surpresa governadores e prefeitos que aguardavam o início de uma reunião em Brasília, a ideia da Constituinte foi bombardeada por juristas, políticos da base parlamentar do governo e da oposição, e, reservadamente, considerada inviável por integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Pelo menos quatro magistrados do STF procuraram líderes do governo e da oposição para alertar sobre os riscos da proposta. Um dos ministros mais engajados enfatizou que o anúncio da chefe do Executivo era um ‘golpe contra a democracia’”.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça

Dilma, que obviamente não preparou devidamente, até por falta de tempo, a grande reunião com governadores e prefeitos, como acentuei em post anterior, no fim das contas fez os governadores e prefeitos de palhaços, por mais que, hoje, constrangidíssimo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha tentado justificar a proposta da presidente:
– A presidente da República falou em processo constituinte específico; ela não defendeu uma tese. Há várias maneiras de fazer um processo constituinte específico. Uma delas seria a convocação de uma Assembleia Constituinte, como muitos defendem. A outra forma seria, através de um plebiscito, colocar questões que balizassem o processo constituinte específico feito pelo Congresso. A presidente falou genericamente.


Fonte: blog do Noblat

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/26/recuo-de-dilma-sinal-alarmante-de-que-governo-esta-perdido-501253.asp

sábado, 22 de junho de 2013

SUMIDO

Ué, kd o Lula?

E as empresas de ônibus?

E as empresas de ônibus?

O Rio recuou nas tarifas de ônibus, e o prefeito Eduardo Paes foi logo dizendo que os recursos a serem usados para compensar o aumento não dado terão de sair do orçamento municipal, o que irá irá comprometer os investimentos públicos. No dia do anúncio, Paes calculou que o Rio gastaria R$ 200 milhões no primeiro ano e R$ 500 milhões no segundo com o subsídio. Na manhã seguinte, ele mesmo refez a conta para R$ 100 milhões e R$ 200 milhões.



Muita gente ficou sem entender as cifras tão diferentes, mas a razão do disparate nos cálculos é simples: as planilhas de custos das empresas de ônibus do Rio, base para o cálculo das tarifas, são uma caixa-preta. Ao contrário de São Paulo, onde receitas e despesas do setor são controladas pela prefeitura, no Rio é a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor) e a Rio Ônibus que repassam à prefeitura e aos clientes do vale-transporte os números do setor. Em SP, fala-se que as empresas têm um lucro de 7% do valor arrecadado com as tarifas. No Rio, ninguém tem ideia e ninguém dá a menor satisfação, apesar de o transporte de ônibus ser uma concessão pública.

Toda essa discussão ignora o óbvio: os serviços de ônibus no Rio são ruins e não parece haver uma pressão governamental sobre as empresas. Motoristas sobrecarregados por jornadas insanas de trabalho dirigem feito loucos assassinos. Os ônibus são incapazes de obedecer a horários e trafegam sempre lotados. Ônibus quebrados são coisa comum nas ruas da cidade. Os ônibus não param nos pontos ou param em qualquer lugar. Os veículos são multados, mas uma lei permite que a empresa não dê nome ao motorista infrator e pague uma multa para se livrar do pepino.

Eduardo Paes alega que o valor das tarifas é fixado em contrato com reajustes anuais (por uma equação trigonométrica de 12 variantes que é quase uma fórmula físico-química). Ok, mas isso não impede regulação e transparência, impede? Durante toda a crise das passagens, com o povo na rua pedindo a redução de preços, a Fetranspor ficou calada, como se o problema não lhe dissesse respeito. E como se fosse só um problema de valores, quando todo o serviço de ônibus é pavoroso no Rio.

Segundo o repórter Luiz Ernesto Magalhães, a Fetranspor contratou a agência Prole — que presta serviços para o governo do estado e para a prefeitura em publicidade e propaganda — como consultora de comunicação e imagem, fato confirmado pelo presidente da entidade, Lelis Marcus Teixeira. Como se o problema da entidade fosse de comunicação ou imagem. Não é. O problema da Fetranspor é o serviço ruim prestado pelas empresas que a compõem. Por que a Fetranspor não vem a público dizer como podem contribuir para melhorar o serviço?

O prefeito precisa de autorização da Câmara dos Vereadores para transferir subsídios para as empresas de ônibus. A julgar pelo apoio inconteste que recebe dos vereadores, não terá maiores problemas. Mas aí está um outro vício da política carioca que só prejudica os usuários de ônibus. Com exceção de uma meia dúzia de abnegados, os vereadores cariocas não fiscalizam o transporte público da cidade. Todas as tentativas de se enquadrar as empresas de ônibus são barradas ainda na Comissão Permanente de Transportes e Trânsito da Câmara, que abre espaço para a apresentação de emendas e tira os projetos, indefinidamente, da fila de votações. Recentemente, descobriu-se que as empresas de ônibus emprestam veículos para “ações sociais” de vereadores e estes não veem conflito algum nisso.

A Comissão de Transportes é composta hoje pelo vereador Sebastião Ferraz (PMDB, o presidente), Elton Babu (PT, o vice) e Marcelino D’Almeida (PSB, o vogal). O primeiro recebeu contribuições de empresas de transporte em sua malsucedida campanha para deputado estadual. É autor de uma inacreditável declaração na defesa dos motoristas de ônibus, comparados ao cidadão comum, que “bebe, fuma, cheira, bate na mulher e tem três mulheres”. Os dois últimos são lideranças da Zona Oeste, um pedaço do Rio de indicadores sociais vergonhosos e em permanente conflito de segurança com milícias.
Na véspera do quebra-quebra na Presidente Vargas e com 300 mil cariocas na rua, a Câmara aprovou um importantíssimo projeto de lei, de autoria do vereador Dr. João Ricardo, que declara cidades irmãs o Rio e Kaohsiung, na Ilha de Taiwan. Depois, a sessão caiu por falta de quórum. De quórum. Não de vergonha.

texto do Jornalista Gilberto Scofield Jr - jornal O GLOBO

A PRESIDENTA NÃO FALA A VERDADE

Olhem este video! A reação popular começa.

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

pensamento

Após assistir ao filme Encouraçado Potemkin percebi que das pequenas revoltas nascem as grandes revoluções. Após anos de opressão, o povo se rebela e age com vigor. O motim dentro do navio, quebrou uma hierarquia militar rígida. Os marinheiros cansados de humilhações, enfrentaram os oficiais superiores e tomaram a embarcação. Esse fato ganhou força e conquistou a população russa, contribuindo para os acontecimentos de 1917. É tudo muito bonito, mas pensando bem... O grande problema das revoluções são os revolucionários que assumem o poder. Normalmente, saem mais déspotas que os governantes anteriores e que tanto odiavam.

Outra coisa que notei nesses protestos é que alguns jovens só vão para aparecer e incitar os policiais. São presos e depois reclamam. A PM, pra variar, exagerou na força e agiu com truculência, porém seus homens não tem sangue de barata.

Manifestação sim, vandalismo não.

sábado, 15 de junho de 2013

Dilma é vaiada no Estádio Mané Garrincha lotado, no primeiro jogo da Copa das Confederações. Foi bonito. Lembra o Lula que foi hostilizado da mesma maneira por um Maracanã lotado na abertura do Pan 2007. O povo reage.

Começo a duvidar dessas pesquisas de opinião sobre a popularidade da presidenta.

Quem quiser relembrar a vaia ao Lula. Clique aqui

Dos 20 réis aos 20 centavos



 O povo contra os aumentos dos transportes públicos

As manifestações vistas nessas últimas semanas principalmente em São Paulo e no Rio contra o aumento das passagens de ônibus não vem de hoje. Os protestos contra reajustes do serviço de transporte público já aconteceram em outros tempos.

Um exemplo vem do tempo do Império. No dia 28 de dezembro de 1879, o povo foi as ruas.
O local foi o Rio de Janeiro.


O ministro da Fazenda, o Visconde de Rio Preto pretendia diminuir o déficit do orçamento do Império, para isso tomou uma atitude muito parecida com os governantes atuais. Aumentar impostos. Ele instituiu então o aumento de um vintém no serviço de bondes na cidade do Rio que ia começar a vigorar no dia primeiro de janeiro de 1880.

O vintém era uma moeda de cobre, a de menor valor.

A principal empresa do bondes, a Botanical Garden tentou evitar este aumento e procurou uma solução diferente, temendo uma reação ruim da população. O Parlamento rejeitou.

Ainda nos primeiros dias do mês de dezembro de 1879, durante a fase de discussão sobre o novo imposto pela coroa e no parlamento, surgiram críticas nos jornais sobre a cobrança do vintém, alegando que se tratava de um tributo que incidiria sobre cidadãos e súditos com rendimentos desiguais.


Os jornais governistas já falavam sobre a convocação de mobilizações de protesto e apelava para a manutenção da lei e da ordem. Assim como os dias atuais, lembrava que o governo havia tolerado sempre
a manifestação de “representações respeitosas” e, finalmente, pedia para que os descontentes, ao invés de protestar , direcionassem sua energia para a eleição de bons políticos que se ocupassem em defender os verdadeiros interesses da maioria da população.

Obviamente a população que andava de bonde puxado a burro odiou a medida e esses pedidos de nada adiataram.  Com os passar dos dias a revolta foi aumentando até que cerca de cinco mil pessoas, lideradas por um militante republicano, o médico e jornalista Lopes Trovão se dirigiu até o Campo de São Cristovão. Eles pretendiam entregar a d. Pedro II uma petição solicitando a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, ou seja, bondes puxados a burro.

A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Enquanto os manifestantes se retiravam, o imperador mandou dizer que receberia uma comissão para negociar.
Mas Lopes Trovão e outros militantes republicanos, entre eles José do Patrocínio, recusaram. Divulgaram um manifesto dirigido ao soberano, convocando-o a ir ao encontro do povo. Os jornais oposicionistas e panfletos distribuídos pela cidade passaram a pregar o boicote da taxa e a incitar a população a reagir com violência, arrancando os trilhos dos bondes. Outra manifestação foi convocada para o dia 1º de janeiro, data da entrada em vigor do reajuste, agora no centro da cidade, no Largo do Paço, hoje Praça 15 de Novembro.
As empresas de bonde pediam que seus condutores não insistissem na cobrança da nova passagem.

Lopes Trovão fez um novo discurso conclamando ao povo que resistisse ao aumento, a partir daí ele perdeu o controle sobre o movimento. Ele pediu calma a população mas nada adiantou. A massa se dirigiu ao Largo de São Francisco, ponto final de várias linhas de bonde. Uma nova concentração aconteceu na Rua Uruguaiana e do Largo de São Francisco. O delegado que comandava as tropas da polícia pediu reforços ao Exército, mas, antes que a ajuda chegasse, ordenou à polícia que dispersasse a multidão a cacetadas.

O povo gritava: “Fora o vintém!” “Fora o vintém!” Os manifestantes começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o Largo de S. Francisco. O povo, que já neste tempo detestava a polícia, aplaudiu a tropa. Mas alguns mais exaltados passaram a arrancar paralelepípedos e atirá-los contra os soldados. Um deles atingiu justo o comandante da tropa, que era primo de Deodoro da Fonseca. O oficial descontrolou-se e ordenou fogo contra a multidão.
Os bondes atravessados no chão tinham praticamente a mesma largura das ruas do centro da cidade e, cheios de paralelepípedos, formavam barricadas que fecharam, por exemplo, o quarteirão da rua Uruguaiana, entre a do Ouvidor e a Sete de Setembro. No decorrer do dia, os soldados da polícia entraram em conflito com vários focos de protesto, quase sempre atirando contra a multidão. Somente depois das 21 horas é que as ruas puderam ser percorridas sem que se assistisse a enfrentamentos.

A polícia recolheu três cadáveres de manifestantes. Os corpos estavam na rua Uruguaiana, e os identificou como sendo de um polaco, um francês e um pernambucano. Entre os feridos, a maioria por arma de fogo, havia brasileiros e imigrantes, sobretudo portugueses.


Mais tarde surgiram denúncias de parlamentares de que políciais tentaram sepultar clandestinamente os cadáveres recolhidos àquela noite para que povo não soubesse das mortes. Na madrugada de dois de janeiro foram arrancados os trilhos da rua Princesa dos Cajueiros e, mais tarde, cinco trilhos foram retirados da rua Uruguaiana.
As chaves dos bondes foram roubadas por manifestantes em São Cristóvão. Ocorreram enfrentamentos com a polícia na linha Sacco do Alferes, em Andaraí e na rua Mariz e Barros.

As estatísticas de mortos e feridos não são precisas. Falou-se em 15 a 20 feridos e em três a dez mortos. Salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de bondes pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o gabinete de Afonso Celso de Assis Figueiredo caiu a 28 de março. O novo ministério revogou o desastrado tributo. Bem no espírito carioca, o povo apelidou o antigo premier de Afonso Vintém.

Os acontecimentos chocaram o Imperador. Em cartas à amigos, o monarca afirmou que em 40 anos de reinado nunca tinha sido usada a força contra o povo da capital do Império. Não lhe escapou mesmo a conotação republicana dos incitadores do motim. Afirmou até que seria mais feliz como presidente de uma república.



Voltando aos dias de hoje, percebemos que há muitas semelhanças entre os manifestantes de 1879 com os de 2013. A Imprensa, os jornais, o povo, a polícia e o governo reagiram da mesmíssima maneira... tudo isso por conta de um aumento no transporte público. Para o governante que não precisa utilizá-lo o reajuste é pequeno e irrisório mas para aquele que realmente precisa, cada centavo a mais é cruel. Neste ano, particularmente no Rio de Janeiro, os incidentes e acidentes com ônibus vitimaram muitas pessoas em todas as regiões da cidade, dos bairros pobre aos ricos, culminando com o da Avenida Brasil em abril e mesmo assim o governo municipal manteve o reajuste, subindo de 2,75 para 2,95. Vinte centavos que multiplicados durante uma semana podem custar um saco de arroz ou de feijão.
Lembro que a partir desses distúrbios em 1880 o governo imperial começou a perder força até cair nove anos depois.

Baseados nos textos dos professores Ronaldo Pereira de Jesus e José Murilo de Carvalho


Segue video sobre as manifestações  http://videos.r7.com/manifestacao-transforma-centro-do-rio-em-praca-de-guerra/idmedia/51bb11010cf236eff5fe1e5e.html